Trilhas Sonoras: O ASTRO

"O Astro" foi a última oportunidade que Janete Clair teve de experimentar um estrondoso sucesso, pois depois dessa novela, Janete escreveu mais quatro novelas, também com muito sucesso, mas jamais comparadas às suas tramas até "O Astro". Foi uma novela que arrebatou multidões, um sucesso popular que fez o Brasil literalmente parar para assistir as intrigas e conflitos criados pela pela Usineira dos Sonhos.

Foi uma novela onde Janete Clair não se arriscou muito, criou dramas já batidos e conhecidos, um pouco de suas histórias e tragédias anteriores, e mais um falso vidente que ascende socialmente, numa trama politicamente incorreta, assim como o brasileiro gosta. Não deu outra: sucesso na certa! Foi um jogo de apelação, que mostrava tudo o que público queria ver, uma novela bem extravagante, em que o próprio protagonista usava um enorme turbante.

As atuações foram impecáveis, com grande destaque para Francisco Cuoco, o 'vidente' Herculano Quintanilha, Tony Ramos, que mesmo estando ainda no elenco de "Espelho Mágico" foi convocado para entrar no elenco de "O Astro" que substituiria a trama de Lauro César Muniz. Aqui, ele fez sucesso como Márcio, em seu complicado amor com Lili (Elizabeth Savalla). Uma das grandes cenas de "O Astro" é justamente quando Márcio briga com seu pai, e num ato franciscano, se despe a abdica de toda sua fortnua, saindo porta fora. Dina Sfat, como sempre, superou todas as expectativas. Mas o grande nome dessa novela foi mesmo Dionísio Azevedo, na pele do poderoso Salomão Hayalla, inaugurando então um série de mortes na televisão brasileira. Não tinha no Brasil daquela época que não quisesse saber que havia matado Salomão Hayalla. Por fim, descobriu-se que foi Felipe (Edwin Luisi), o amante da esposa do Hayalla.

A trilha sonora desta novela é a minha preferida entre a dos anos 70. Principalmente a nacional, que traz na capa a belíssima logomarca luminosa. O repertório não poderia ser melhor, abrindo com Maria Bethânia e o tema da protagonista Amanda (Dina Sfat), "Um Jeito Estranho de Amar", seguido de outros grandes nomes da música como Peninha com "Que Pena", que servia de fundo musical para o conturbado romance de Márcio e Lili (Elizabeth Savalla); Beth Carvalho e seu "Saco de Feijão", e Vanusa com "Estado de Fotografia" tema de Jôse, que marcava a estréia de Sílvia Salgado, que hoje atua em "Páginas da Vida".

Todas essas citadas são realmente lindas, mas nenhuma supera o magnífico tema de abertura de "O Astro", a canção "Bijuterias" na inconfundível voz de João Bosco. Esta canção é um marco para a música brasileira, e teve um casamento perfeito com a esotérica e misteriosa abertura da novela, que contava com diversos símbolos e rostos marcados. Uma perfeição. Também podemos destacar Clara Nunes com "As Forças da Natureza"; a roqueira Rita Lee e sua "Ambição", que claro, servia de tema para o articulador Herculano Quintanilha (Francisco Cuoco); além de "É Hora" de Djavan, a voz grave de Elza Soares com "Enredo de Pirraça", "Mais Uma Vez" de Mariazinha, também tema de Jôse, que acabou por morrer, e por fim "Trocando em Miúdos" com Francis Hime.

A trilha internacional não me desperta muita coisa não. Apesar de trazer belas canções, ainda prefiro a nacional. Na capa, Francisco Cuoco, o protagonista Herculano, numa das cenas da abertura da novela. As canções mais bonitas desta trilha são sem sombras de dúvidas, "You're Too Far Away" de David Castle, tema de Herculano e Amanda; "We're All Alone" de Rita Coolidge que servia de tema para Márcio e Lili, e a canção "Loneliness", do Joe John Daniel, que também era tema do franciscano Márcio. Mas outras canções também cativaram como "For Once In My Life" de Freddy Cole, "Only Strong Survive" de Billy Paul, e o tema de Herculano que abria o disco, a canção, "Don't Let Me Misunderstood" do Santa Esmeralda.

Destaco ainda "Citations Ininterrompues" do Café Crème, "Dreamin'" do Liverpool Express, que servia de fundo para as armações da perua Clô (Tereza Rachel), mais um tema de Jôse, "Destiny" de Julian Grey, e por fim, "Love For Sale" de Boney M, que 28 anos depois, se apresentaria numa regravação na voz de Diana Krall, para a novela "Belíssima".

O Astro Nacional

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Capa: logotipo da novela.

01. Um Jeito Estúpido de Amar - Maria Bethânia (tema de Amanda) 02. Que Pena - Peninha (tema de Lili e Márcio) 03. Saco de Feijão - Beth Carvalho 04. Estado de Fotografia - Vanusa (tema de Jôse) 05. Nêga - Emílio Santiago 06. As Forças da Natureza - Clara Nunes 07. Bijuterias - João Bosco (tema de abertura) 08. Trocando em Miúdos - Francis Hime 09. Boi da Cara Branca - Hélio Matheus 10. Ambição - Rita Lee (tema de Herculano) 11. É Hora - Djavan 12. Olha - Marília Barbosa 13. Enredo de Pirraça - Elza Soares 14. Mais Uma Vez - Marizinha (tema de Jôse)

O Astro Internacional

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Capa: Herculano Quintanilha (Francisco Cuoco)

01. Don't Let Me Be Misunderstood - Santa Esmeralda (tema de Herculano) 02. Easy - Commodores 03. Only The Strong Survive - Billy Paul 04. For Once In My Life - Freddy Cole 05. I'm Saggitarius - Roberta Kelly 06. You're Too Far Away - David Castle (tema de Herculano e Amanda) 07. Loneliness - Joe John Daniel (tema de Márcio) 08. We're All Alone - Rita Coolidge (tema de Márcio e Lili) 09. Citations Ininterrompues - Café Crème 10. Love For Sale - Boney M. 11. Bird Songs - Chrystian 12. The Name Of The Game - Abba 13. Dreamin' - Liverpool Express (tema de Clô) 14. Destiny - Julian Grey

1 comentários:

  Unknown

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009 às 19:52:00 GMT+2

Cara, você foi o máximo, sem te conhecer pessoalmente, de devo essa, a musica de David Castle me traz lembranças maravilhosas. Muito obrigado.