Sessão Vilão: FELIPE BARRETO

Sessão Vilão: FELIPE BARRETO

Felipe Barreto (Antônio Fagundes)

Novela: O Dono do Mundo

Autor: Gilberto Braga

Núcleo: Denis Carvalho

Um Vilão Sedutor

"Acreditando ser uma espécie de Deus, o cirurgião Felipe Barreto tem a certeza de que para ele tudo é permitido. Inclusive 'roubar' a honra de uma jovem ingênua, em sua noite de núpcias."

Antônio Fagundes interpretava em "O Dono do Mundo" um dos poucos vilões de sua extensa carreira. Gilberto Braga precisava de um homem que pudesse ser frio e maniqueísta, mas ao mesmo tempo viril, e que exerce grande influência sobre as mulheres. Então, ninguém melhor que Fagundes para o papel de Felipe Barreto, o grande vilão de "O Dono do Mundo".

Infelizmente a novela não foi bem aceita de início pelo público, por ser forte demais, causando um mal-estar na chamada classe C, que não gostou de ser retratada de maneira humilhante. Porém, alguns personagens conseguiram se destacar na trama, como Beija-Flor (Ângelo Antônio) e Taís (Letícia Sabatella), até hoje lembrados, e que conseguiram roubar a cena das mocinhas Márcia (Malu Mader) e Stella (Glória Pires). O mesmo ocorreu com Felipe Barreto, que apesar de toda vilania, se tornou alvo da cobiça das telespectadoras.

As maldades de Felipe começaram logo no início da trama. Cirurgião plástico, famoso e renomado, Felipe Barreto sempre teve em primeiro lugar em sua mente, o dinheiro e o poder. Essas duas coisas estão à frente de tudo para ele.

Inescrupuloso, prepotente, arrogante e sem nenhum resquício de caráter, esses são apenas algumas das referências desse homem, que tinha convicção de que só uma posição de destaque merecia respeito, e ainda acreditava ser um Deus. Aliás, foi por este motivo que ele se tornou cirurgião plástico, para poder brincar de Deus.

Felipe era um canalha da pior espécie, que apesar de todas as atrocidades que cometia, era aceito com toda a pompa e circustância em seu círculo de amizades, como um grande homem, um verdadeiro benfeitor!

Quando a história começa, ainda casado com Stella, Felipe descobre que a noiva de um de seus empregados, que está prestes a se casar, ainda é virgem. O máu-caráter então, faz uma aposta de que será o primeiro homem a levar Márcia, para cama. Convidado para ser o padrinho do casamento de Wálter (Tadeu Aguiar) - seu empregado - e Márcia, ele convida os dois para passarem a lua-de-mel numa viagem ao exterior. Visando se aproveitar da situação, ele vai junto, e claro, não mede esforços, e muito menos economiza dinheiro para alcançar seu objetivo, que se torna na verdade uma obsessão. Por fim, ele acaba conseguindo.

No decorrer da história, Wálter acaba morrendo, e possuída pelo ódio que sente de Felipe, Márcia decide dedicar todos os momentos de sua vida ao inabnalável desejo de se vingar do poderoso cirurgião.

A cada capítulo o inescrupuloso vilão revela uma nova faceta de seu péssimo caráter. Mas apesar de ser um homem amoral, extremamente cruel, ele é também um irresistível sedutor. E fragilizada e confusa com os acontecimentos de sua vida, Márcia, apesar de todo ódio, se torna presa fácil da paixão que une para sempre os dois extremos.

Aliás, a personagem de Malu Mader foi hostilizada pelo público devido a sua passividade aos atos de Felipe, e também por se ver apaixonada pelo vilão. A solução encontrada, foi fazer com que Márcia se tornasse mais implacável na busca pela vingança, sendo marcada por uma cena em que ela traça com uma navalha o rosto do vilão.

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