Sessão Nostalgia: PÉ NA JACA

Hoje a Sessão Nostalgia relembra uma estonteante novela que há pouco completou 3 anos de estreia. Mesmo com o alvoroço causado pela sua ótima estreia, a trama perdeu guinada, muito prometeu e pouco cumpriu. E como os protagonistas se salvavam da história? Só enfiando o PÉ NA JACA!

Pé na Jaca foi uma telenovela brasileira, de autoria de Carlos Lombardi que estreou no dia 20 de novembro de 2006, substituindo Cobras e Lagartos, de João Emanuel Carneiro, no horário das 19 horas da Rede Globo, e foi exibida até 15 de junho de 2007. A trama começou a ser gravada no final de setembro, com locações em Paris (França).

Foi escrita por Carlos Lombardi, Filipe Miguez, Vinícius Viana, Mauro Wilson, Nelio Abbade e Sebastião Maciel, e dirigida por Ary Coslov, Gustavo Fernandez, Marco Rodrigo, Paola Pol Balloussier, Paulo Silvestrini e Ricardo Waddington. Apresentando os atores Murilo Benício, Deborah Secco, Juliana Paes, Fernanda Lima e Marcos Pasquim como os personagens centrais da trama.

SINOPSE

No ano de 1984, em uma fazenda perto de Piracicaba, cinco crianças se conhecem. Arthur, que passa às férias na fazenda do tio plantador de jacas; Elizabeth, a filha da costureira; Guinevere, a filha de uma empregada; Maria, a filha de um rico fazendeiro; e Lancelotti, o filho de um dos colonos da fazenda, encontram-se, por acaso, na beira de um rio no interior de São Paulo, em Deus Me Livre (!), cidadezinha perto de Piracicaba.

Os cincos brincam sem perceber as diferenças sociais que os separam e têm a certeza de que aquela amizade durará para sempre. Mas as férias acabam e, com exceção de Lancelotti e Maria, eles nunca mais se encontram.

Vinte e cinco anos se passam até que o destino coloca Arthur, Elizabeth, Guinevere, Maria e Lancelotti novamente no mesmo caminho para que eles possam recomeçar do zero, e para isso estão todos de volta ao ponto de partida, onde tudo começou – a cidade de Deus Me Livre – sem a inocência dos velhos tempos e longe da amizade que juraram um dia.

Arthur e Guinevere se apaixonam perdidamente. Esta já foi casada com Caco (filho do milionário Último Botelho Bulhões), e teve um caso com Lance (Lancelotti) (ou Tico, tratamento dos mais íntimos), que é apaixonado por Maria. Maria Bô teve um marido na França a quem sustentava chamado Jean Luc, um conde falído que vive de aparências, além de um pretendente apaixonado por ela que vive perseguindo-a pelas ruas de Paris: Thierry. Arthur, porém, é casado com a interesseira Vanessa, que o traiu com o convencido Juan. Este, ajudava Elizabeth (que chega a se tornar a grande vilã da trama) em suas armações, e estimulava-a a passar para o lado do mau. Ela, tinha uma queda por Deodato, que era comparsa da misteriosa Morgana. Essa, teve um caso no passado com Merlim, amigo de Último que formavam um triângulo amoroso.

Elizabeth fará de tudo para prejudicar seus antigos amigos, movida somente pela inveja e a ambição, chegando ao extremo por dinheiro e poder, enquanto que os demais amigos se unem e juntos tentam mostrar a ela que o amor e a caridade são virtudes indispensáveis para se viver feliz verdadeiramente.

ABERTURA

Sua abertura mostra um desenho animado de uma fazenda com bichos engraçados. Nos créditos finais, dois ratinhos serram uma jaca fazendo cair sobre um pato, abrindo para o logotipo. Nada a ver com a atual A Fazenda que passa na Record, claro! A vinheta vinha acompanhada da arrepiante música Eu Ando OK, de Zizi Possi.

Murilo Benício - Arthur Déborah Secco - Elizabeth Juliana Paes - Guinevere Marcos Pasquim - Lance Fernanda Lima - Maria Bo Bruno Garcia - Juan Flávia Alessandra - Vanessa Fúlvio Stefanini - Último (?) Botelho Bulhões e grande elenco

BASTIDORES

Carlos Lombardi se inspirou na Lenda do Rei Arthur e dos cavaleiros da Távola Redonda ao criar o núcleo central dos personagens, uma alusão ao castelo de Camelot: rei Arthur, papel de Murilo Benício, sua mulher Guinevere, interpretada por Juliana Paes, e seu principal cavaleiro, Lancelotti, papel de Marcos Pasquim. Já Elizabeth e Maria, vividas por Deborah Secco e Fernanda Lima, foram inspiradas em Elizabeth I, conhecida como a rainha virgem, e sua prima bastarda, Maria Stuart, a rainha da Escócia. Aficionado por seriados norte-americanos, o autor Carlos Lombardi fez inúmeras referências a produções desse formato em Pé na Jaca. Lost, Battlestar Galactia, Hero e Monk foram algumas das referências citadas em suas tramas. O ator Murilo Benício foi um dos destaques da novela como o hilário Arthur. Atrapalhado na hora de falar e cheio de trejeitos, o ator diz que se inspirou nas características de dois amigos pessoais para montar o perfil engraçado e desajeitado de Arthur: a maneira de falar veio de Evandro Mesquita, por seu sotaque carioca exageradamente carregado. Já a mania de mexer compulsivamente as mãos enquanto fala veio de Pedro Cardoso que, segundo Murilo Benício, gesticula muito enquanto fala. Outro destaque da novela foi a atriz Sofia Terra, que interpretou Maria criança no primeiro capítulo e, depois, a filha de Maria, a pequena Josephine. A atriz Nair Bello gravou as cenas inicias de Pé na Jaca, mas, quando a novela estreou, a atriz entrou em coma. Sua personagem passou a ser interpretada por Arlete Salles e as cenas inicias foram regravadas. Nair Bello faleceu em 17/04/2007. Em termos de audiência, a novela não foi bem. Exceção a estreia, que, em pleno horário de verão, alcançou surpreendentes 41 pontos de média. E só. Depois de uns meses, a trama passou a oscilar entre 33 e 36 pontos, e mais tarde, entre 25 e 30. Pé na Jaca fechou com média geral de 30 pontos, bem inferior aos 39 obtidos por Cobras & Lagartos.

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