Profissão Camaleão: LETÍCIA SPILLER

Letícia Spiller sempre foi um furacão. E é assim desde sua estréia em novelas na inesquecível "Quatro por Quatro". Recém-saída do posto de paquita da Xuxa, Letícia, acaba conquistando o papel mais importante de sua carreira, a espivitada Babalú, papel escrito especialmente para Adriana Esteves, que o recusou - ainda assustada com a negativa repercussão de sua personagem em "Renascer". Antes mesmo da estréia da novela, a novata atriz já se via bombardeada por críticas quanto ao seu talento, afinal, 'como pode uma ex-paquita se tornar protagonista de novela?', perguntavam muitos. Mas Letícia não se abalou, e se tornou a marca da novela, roubando todas as cenas com o jeito despachado e barraqueiro de Babalú. A química com Marcelo Novaes, que interpretava Raí, seu par na trama, foi tão grande, que o romance acabou saindo da ficção, terminando até em casamento.

Todas as dúvidas quanto ao talento de Letícia caíram por terra, fazendo com que ela fosse convidada a interpretar os mais variados papéis, como a italiana Geovanna Berdinazzi, na emocinamente primeira fase de "O Rei do Gado", e a chef de cozinha Beatriz, um dos sete anjos da guarda, da criativa "Zazá". Eis que surge a oportunidade da primeira vilã: Maria Regina. A novela não foi nenhuma sucesso, assim como a personagem também não é unanimidade. A crítica caiu em cima novamente, alegando que esta nova personagem era caricata, e novamente o talento de Letícia Spiller foi posto em cheque. Para amenizar, a atriz interpretou a protagonista de "Esplendor", uma novela misteriosa e bastante sombria, em que a personagem de Letícia se passava por outra pessoa. Novamente o sucesso bate à porta. No ano seguinte, um baque para todos os admiradores da atriz: Letícia simplesmente recusa o principal papel de "O Clone", o que seria sua estréia como protagonista do horário nobre. Glória Perez, a autora da trama, convidou-a pessoalmente para viver Jade, mas a atriz, assim como Fábio Assunção (o escolhido para Lucas/ Diogo/ Léo), não aceitou dar vida à mulçumana. Giovanna Antonelli então agarrou a oportunidade, e fez de Jade a personagem mais importante de sua carreira. Já a Globo não ficou nada satisfeita com a recusa de Letícia para o papel, deixando-a de 'castigo' até o ano seguinte. O nome dela foi até cogitado para "Coração de Estudante", mas a atriz só retornou mesmo em "Sabor da Paixão".

No ano seguinte, novamente Letícia tinha a oportunidade de viver uma vilã, e o fez, seguidamente em duas novelas: "Kubanacan", numa participação como Laura, que foi até o fim da trama, e em "Senhora do Destino", na pele da corrupta Vivianne Fontes, que tramou muitas e muitas com o seu Naldo (Eduardo Moscovis). Agora, em 2007, Letícia nos brindou com mais uma aparição. Morena, e mais bonita do que nunca, ela viveu uma espécie de Dona Flor e Seus Dois Maridos, em "Amazônia", casada com Tiburtino (Ernani Moares), mas de caso com Augusto (Humberto Martins). Enfim, alguns a criticam, mas é preciso ser muito boa para se tornar o fenômeno que ela se tornou!

Profissão Camaleão: Letícia Spiller

Babalú (Barbarella Lurdes) - Quatro por Quatro (1994/GLOBO)

Geovanna Berdinazzi - O Rei do Gado (1996/GLOBO)

Beatriz - Zazá (1997/GLOBO)

Maria Regina Cerqueira - Suave Veneno (1999/GLOBO)

Flávia Cristina - Esplendor (2000/GLOBO)

Diana Coelho - Sabor da Paixão (2002/GLOBO)

Laura - Kubanacan (2003/GLOBO)

Vivianne Fontes - Senhora do Destino (2004/GLOBO)

Anália - Amazônia - De Galvez a Chico Mendes (2007/GLOBO)

Maria Eva - Duas Caras (2007/GLOBO)

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