A carreira desta menina nascida e criada no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, teve seu pontapé inicial num concurso do Domingão do Faustão, para a escolha de uma nova atriz para integrar o elenco da novela jovem do momento "Top Model", que tratava do universo das modelos, e tinha Nuno Leal Maia, Cecil Thiré e Malu Mader encabeçando o elenco. Disputando com as também futuras promissoras atrizes da tv - Flávia Alessandra e Gabriela Duarte -, Adriana perdeu para Flávia, mas seu talento foi suficiente para garantir um papel na novela de Antônio Calmon e Wálter Negrão. O mesmo aconteceu com Gabriela Duarte, e por incrível que pareça, as perdedoras tiveram mais destaque na novela do que a campeã Flávia Alessandra.
O sucesso de sua Tininha foi tão grande, que no ano seguinte, Adriana foi a aposta da Tv Globo, para um papel-chave na novela das oito de Cassiano Gabus Mendes, "Meu Bem Meu Mal". Patrícia, que mantinha o desejo de vingar a derrocada financeira de seu pai, fez tanto sucesso, que transformou Adriana Esteves em estrela da noite para o dia, e deram-lhe até o título de 'a nova namoradinha do Brasil', que pertencia a Regina Duarte. O sucesso persistiu no seu próximo trabalho, a independente Marina de "Pedra Sobre Pedra", dividindo a cena com Renata Sorrah e Lima Duarte. Porém, no ano seguinte, o banho de água fria. Mariana sua personagem na trama de "Renascer" não surtiu o efeito esperado, gerando muitas críticas, inclusive quanto ao talento, antes glorificado de Adriana. A personagem foi afastada da novela, e a atriz se afastou da carreira, rejeitando grandes papéis, como a espivitada Babalú de "Quatro por Quatro", escrita especialmente para ela, porém, vivida brilhantemente por Letícia Spiller.
Adriana retorna à tv na minissérie "Decadência", como a militante Carla, em uma trama recheada de polêmicas em referência à religião, às igrejas evangélicas, e à política brasileira da época. Uma das cenas mais marcantes dessa minissérie, é inclusive quando Carla tem sua primeira noite de amor com o Mabel (Edson Celulari), e coloca sua calcinha sobre uma bíblia. Após esse trabalho, a atriz faria sua única novela fora da Globo, "Razão de Viver", um fracasso, protagonizado por ela, Irene Ravache e Joana Fomm. 1997, marcou o retorno definitivo de Adriana, com "A Indomada", um sucesso marcante, mas que infelizmente ainda não devolveu à atriz o destaque merecido. Isso só ocorreu no ano seguinte, quando Esteves fez de Sandrinha, sua interesseira personagem, a sensação do ano, em "Torre de Babel", transformando-a inclusive na vilã-mor da novela, ao som de "Só no Sapatinho", do grupo homônimo.
Daí pra frente só sucessos. Vale destacar sua excelente composição de Catarina em "O Cravo e A Rosa", que vivia às turras com Petrucchio (Eduardo Moscovis); o divertido relacionamento de Amelinha com Nélio, em "Coração de Estudante", numa dobradinha com o hoje, seu atual marido; a confusa mocinha romântica Lola Calderón na transloucada trama de "Kubanacan", e ainda sua perfeita atuação na primeira fase de "Senhora do Destino", como a maquiavélica Nazaré Tedesco.
Profissão Camaleão: Adriana Esteves
Tininha - Top Model (1989/GLOBO)
Patrícia Melo - Meu Bem Me Mal (1990/GLOBO)
Marina Batista - Pedra Sobre Pedra (1992/GLOBO)
Mariana - Renascer (1993/GLOBO)
Carla - Decadência (1995/GLOBO)
Zilda - Razão de Viver (1996/SBT)
Eulália (1ª fase) e Lúcia Helena Mendonça e Albuquerque - A Indomada (1997/GLOBO)
Sandrinha - Torre de Babel (1998/GLOBO)
Catarina Batista - O Cravo e A Rosa (2000/GLOBO)
Amelinha - Coração de Estudante (2002/GLOBO)
Lola Calderón - Kubanacan (2003/GLOBO)
Nazaré Tedesco (1ª fase) - Senhora do Destino (2004/GLOBO)
Heloísa Queirós - A Lua Me Disse (2005/GLOBO)
Celinha - Toma Lá Dá Cá (2005 /GLOBO)
Celinha - Toma Lá Dá Cá - Temporada 2 (2008/GLOBO)
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